A data 29 de outubro foi eleita como Dia Mundial de Combate ao AVC. O acidente vascular cerebral (AVC), difundido popularmente como "derrame cerebral", se trata de uma enfermidade que acomete as artérias que irrigam o cérebro, lesando a área vascularizada.
Segundo a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, o AVC é a doença que mais causa a morte de brasileiros e o principal motivo de incapacidade em todo o mundo. Cerca de 70% das pessoas não retomam as atividades profissionais após sofrer um AVC, e 50% se tornam dependentes dos cuidados de outras pessoas no dia a dia.
De acordo com a Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization) uma em cada seis pessoas no mundo terá AVC ao longo de sua vida.
A Declaração Global dos Direitos dos Sobreviventes de AVC, desenvolvido pela World Stroke Organization, relata a ocorrência de mais de 17 milhões de AVCs por ano e 6 milhões de falecimentos. A cada segundo, independentemente do sexo, alguém tem um AVC.
Vamos falar sobre como reduzir a probabilidade de ser acometido por um AVC? Então, leia o post e fique atento à sua saúde e previna-se.
O que é Acidente Vascular Cerebral (AVC)?
O artigo “Atividade física e acidente vascular cerebral”, de Alexandre Duarte Baldin (2020), descreve que inúmeras artérias irrigam o interior do cérebro, o que o faz ser altamente vascularizado. As ramificações cerebrais são responsáveis por fazer circular oxigênio e nutrientes para que o cérebro funcione perfeitamente.
A obstrução (entupimento ou fechamento inadequado) de uma das artérias reduz o fluxo sanguíneo e o território deixa de ser irrigado, dá-se início ao processo conhecido por anóxia (falta de oxigênio), que faz as células morrerem, sobretudo os neurônios. Esse tipo de AVC é o isquêmico, responsável por 85% dos casos de AVC.
O AVC hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (sem traumas) de uma artéria, que ocasiona hemorragia e origina um hematoma, ou coágulo, que provoca sofrimento no tecido cerebral.
Os sintomas provocados pelo AVC variam muito, pois cada área do cérebro coordena diferentes funções do organismo. Assim, a pessoa pode ter desde alterações motoras a cognitivas.
Fatores de risco
São os que facilitam a ocorrência de determinadas enfermidades, as quais dão origem ao AVC:
• Pressão arterial: esse é o principal fator de risco. A chamada hipertensão arterial ou como dizem popularmente “pressão alta” é responsável pelo enrijecimento das paredes das artérias.
• Doença cardíaca: qualquer doença cardíaca é fator de risco.
• Colesterol: é o aumento de gorduras nas paredes das artérias e dificulta o fluxo do sangue.
• Diabetes mellitus: o aumento do açúcar no sangue altera as gorduras e provoca o enrijecimento das artérias.
Também são fatores de risco má alimentação, sedentarismo, obesidade, tabagismo, pílulas anticoncepcionais etc.
AVC pediátrico
Engana-se quem pensa que o AVC é uma doença que acomete pessoas na melhor idade, crianças também poder sofre um AVC.
O estudo “Acidente vascular pediátrico: lembrar para diagnosticar. Casos clínicos e linhas de orientação”, de autoria Santalha et al. (2012), descreve que o AVC pediátrico é uma interrupção focal do fluxo sanguíneo cerebral, o que engloba o acidente vascular isquêmico e o acidente vascular hemorrágico. O acidente vascular isquêmico pediátrico apresenta incidência anual de 2-13/100.000 crianças, sendo que em 60-75% é do tipo isquêmico e em 25-40% hemorrágico.
O estudo ainda relata que o AVC em crianças é mais comum no sexo masculino e que as crianças da raça negra tem risco duas vezes superior ao das caucasianas.
Prevenção do AVC com exercício físico
A melhor forma de combater o AVC é a prevenção. O exercício físico é o meio pelo qual os indivíduos podem se prevenir não só do AVC, mas contra várias outras doenças as quais já falamos de algumas aqui no blog.
A atividade física praticada corretamente e sob orientação de um personal trainer diminui a gordura corporal, aumenta a massa muscular, reduz os níveis de açúcar no sangue. Além disso, melhora a capacidade pulmonar, assim o músculo cardíaco se fortalece, há eliminação do colesterol ruim e aumento do HDL (o bom colesterol), dessa forma não há formação de placas de gorduras nas artérias.
O sedentarismo e a má alimentação favorecem o acúmulo de gordura no organismo, deixando-o vulnerável a diversas doenças.
Segundo artigo publicado no site do HCor, o exercício físico também é recomendado para pessoas que tiveram AVC, pois um programa de exercícios para quem teve AVC com tempo superior a seis meses demonstrou que houve melhora nas limitações funcionais como resistência, equilíbrio e mobilidade, evolução na qualidade de vida nos meses iniciais da reabilitação.
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